ICS promove palestra de prevenção ao suicídio

Palestra de Depressão e Prevenção ao Suicídio. Na foto, dr. Alan Christian Niemies, médico do Núcleo de Atenção à Saúde (NAS).

No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, o Instituto Curitiba de Saúde – ICS realizou palestra aberta aos beneficiários do plano municipal, para lembrar a data e chamar atenção para o assunto. A ação faz parte da campanha Setembro Amarelo, que tem o objetivo de dar visibilidade à temática do suicídio.

A cada 40 segundos, uma pessoa tira a própria vida em todo o mundo. Os dados, da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que os números de suicídio superam os de mortes por malária e câncer de mama. Apesar da situação alarmante, a prevenção dessas mortes precoces é um tema pouco debatido, devido preconceitos, vergonhas e tabus que muitas vezes rondam o tema.

A palestra, intitulada “Depressão e Prevenção ao Suicídio “, foi ministrada pelo dr. Alan Christian Niemies, médico do Núcleo de Atenção à Saúde (NAS), que abordou sobre os diversos fatores que podem estar relacionados ao suicídio, comportamentos que indicam que a pessoa está vivenciando uma crise suicida, e principalmente, como oferecer ajuda e onde buscar uma rede de apoio.

O suicídio é um fenômeno complexo, que está ligado a diversos fatores, socioculturais, genéticos, filosóficos existenciais e a presença de algum transtorno mental. “Cerca de 35% dos casos de suicídio está relacionado a transtornos de humor, como depressão e bipolaridade. Outros 22% tem relação com transtornos por uso de substâncias psicoativas, como drogas e álcool”.

Niemies também alerta para outros fatores de risco. “Pessoas que passaram recentemente por conflitos familiares ou profissional, perda de um ente querido ou mesmo perdas financeiras, vivenciaram uma situação de violência ou abuso, podem apresentar comportamentos suicidas “.

É importante estar atento a alguns sinais de alerta, como a mudança de comportamento e hábitos, perda de interesse por atividades que gostava, descuido da aparência, e uso de expressões com intenções suicidas, como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer”.

O médico finalizou a palestra com a importância de, ao identificar esses sinais, se ter empatia e estar aberto ao diálogo. “Ouvir o outro, se conectar com ele, é a melhor forma que temos de ajudar uma pessoa que se encontra nesta situação”.

Por isso é tão importante que a sociedade esteja aberta e disposta discutir o tema, para que possa prestar atenção aos sinais de alerta e procurar ajudar dos serviços de apoio. Essas iniciativas são fundamentais para a prevenção.

Setembro Amarelo